QUAL SERIA A MELHOR OPÇÃO PARA ABASTECER O SEU VEÍCULO OU SUA FROTA NO FUTURO?

O futuro da frota automotiva aponta para uma transição gradual dos combustíveis fósseis para opções renováveis e alternativas, como os veículos elétricos. Segundo projeções da Agência Internacional de Energia (AIE), políticas alinhadas com metas climáticas podem reduzir significativamente a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética global até 2040. O crescimento otimista da frota de veículos elétricos, impulsionado por redução de custos, oferta de modelos e incentivos governamentais, destaca-se como uma alternativa promissora. Apesar das vantagens como menor emissão de poluentes e custo operacional, desafios como preço inicial elevado e infraestrutura limitada ainda demandam atenção. Diante desse cenário, a priorização de fontes de energia sustentáveis é crucial para preservar o meio ambiente e a saúde pública.
Combustíveis Renováveis
Tempo de leitura: 5 minutos

Basicamente há 2 tipos de combustível: os fósseis e os renováveis. Os primeiros são obtidos através de recursos naturais que levam milhões de anos para se formarem na natureza e que, uma vez consumidos, não podem ser repostos, tais como: gasolina, diesel, gás natural veicular, entre outros. Os segundos são fruto de recursos naturais que se regeneram continuamente na natureza e que, portanto, podem ser usados de forma sustentável (etanol, biodiesel, biogás).

A combinação de ambos cria uma nova classe de combustíveis, chamada “híbrido”. Por exemplo, podem ser usados em veículos que possuem dois motores, um elétrico e outro a combustão, que funcionam de forma alternada ou simultânea, dependendo da situação. Aliás, a eletricidade é uma forma de “combustível” classificado como “alternativo”, classe que pode ser obtida através de fontes renováveis ou não, dependendo da sua origem e composição.

Os combustíveis fósseis são derivados de restos orgânicos de animais e plantas que se acumularam no subsolo ao longo de eras geológicas. A sua formação é muito mais lenta do que o seu consumo. Além disso, eles são responsáveis pela maior parte da emissões de gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas. Suas principais fontes são o petróleo, o carvão e o gás natural.

Os combustíveis renováveis são derivados de fontes naturais que se renovam constantemente na natureza, como a luz solar, o vento, a água, a biomassa e o calor da Terra. Eles são fontes de energia renováveis porque a sua disponibilidade é praticamente ilimitada e independente do tempo. Além disso, eles são considerados mais limpos e menos poluentes do que os combustíveis fósseis, pois emitem menos gases de efeito estufa. Os principais exemplos são o etanol, o biodiesel, o biogás).

A tendência de utilização dos combustíveis fósseis e dos combustíveis renováveis nos próximos anos é um tema complexo e incerto, que depende de vários fatores econômicos, políticos, sociais e ambientais.

Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), os combustíveis fósseis ainda são a principal fonte de energia primária no mundo, respondendo por cerca de 80% do total. No entanto, a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética global deve diminuir gradualmente nas próximas décadas, em função do aumento da demanda por energias renováveis e da transição para uma economia de baixo carbono.

De acordo com o relatório World Energy Outlook 2020 da AIE, existem quatro cenários possíveis para o futuro da energia até 2040, considerando diferentes níveis de ambição climática e recuperação econômica após a pandemia de Covid-19.

Cenário de políticas declaradas (STEPS): assume que as políticas energéticas anunciadas pelos governos em meados de 2020 são implementadas. Nesse cenário, a demanda global por energia se recupera até 2023, mas o crescimento é mais lente do que antes da crise. A participação dos combustíveis fósseis na matriz energética cai para 75% em 2030 e 71% em 2040, enquanto a das renováveis aumenta para 21% e 28%, respectivamente. As emissões de CO2 atingem um pico em torno de 2030, mas não caem significativamente depois disso.

Cenário de desenvolvimento sustentável (SDS): assume que as políticas energéticas são alinhadas com os objetivos do Acordo de Paris e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Nesse cenário, a demanda global por energia se recupera até 2023, mas depois cai cerca de 8% até 2040. A participação dos combustíveis fósseis cai para 59% em 2030 e 43% em 2040, enquanto a das renováveis aumenta para 29% e 44% , respectivamente. As emissões globais de CO2 caem cerca de 40% até 2030 e mais de 75% até 2040.

Cenário de recuperação sustentável (SRS): assume que as políticas energéticas são orientadas para estimular a economia e acelerar a transição energética após a pandemia. Nesse cenário, a demanda global por energia se recupera até 2023, mas depois cai cerca de 4% até 2040. A participação dos combustíveis fósseis cai para 66% em 2030 e 58% em 2040, enquanto a das renováveis aumenta para 26% e 36%, respectivamente. As emissões globais de CO2 caem cerca de 25% até 2030 e mais de 50% até 2040.

Cenário de atraso na recuperação (DRS): assume que as políticas energéticas são insuficientes para impulsionar a economia e a transição energética após a pandemia. Nesse cenário, a demanda global por energia se recupera apenas em meados da década de 2020, mas depois cresce mais rapidamente do que nos outros cenários. A participação dos combustíveis fósseis na matriz energética cai para apenas 77% em 2030 e 74% em 2040, enquanto a das renováveis aumenta para apenas 19% e 24%, respectivamente. As emissões globais de CO2 continuam crescendo após um breve declínio.

Esses cenários mostram que o futuro dos combustíveis fósseis e dos combustíveis renováveis depende muito das decisões políticas tomadas pelos governos e pela sociedade. No entanto, é possível afirmar que há uma tendência global de redução do uso dos combustíveis fósseis e aumento do uso dos combustíveis renováveis nos próximos anos, bem como dos combustíveis alternativos, principalmente a eletricidade, ainda que em ritmos diferentes.

Muitos tem pregado que os veículos elétricos serão a “panaceia” do mundo quanto à redução da participação dos combustíveis fósseis na matriz energética e da emissão de poluentes oriundos da frota automotiva global. Vamos analisar algumas tendências, vantagens e desvantagens dos veículos elétricos antes de fazermos a nossa opção em relação ao futuro da frota.

As tendências em relação ao crescimento da frota de veículos elétricos nos próximos anos são bastante otimistas. Segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), o número de veículos elétricos no mundo deve aumentar de 10 milhões em 2020 para 145 milhões em 2030, representando cerca de 7% da frota global. Esse crescimento será impulsionado por fatores como a redução dos custos das baterias, o aumento da oferta de modelos, os incentivos governamentais e a maior conscientização ambiental dos consumidores.

As vantagens e desvantagens dos veículos elétricos dependem do tipo de tecnologia empregada, mas algumas delas podem ser generalizadas.

Vantagens
Menor emissão de poluentes: os veículos elétricos não emitem gases de efeito estufa nem outros poluentes na atmosfera, contribuindo para a redução do aquecimento global e da poluição do ar. A emissão de poluentes depende da fonte de energia utilizada para recarregar as baterias, mas mesmo assim é menor do que a dos veículos a combustão.
Maior eficiência energética: os veículos elétricos aproveitam melhor a energia armazenada nas baterias, convertendo cerca de 80% dela em movimento. Já os veículos a combustão desperdiçam cerca de 70% da energia em forma de calor e ruído.
Menor custo operacional: os veículos elétricos têm um custo operacional menor do que os veículos a combustão, pois consomem menos energia por quilômetro rodado e exigem menos manutenção. O custo da energia elétrica varia conforme o país e a região, mas geralmente é mais barato do que o dos combustíveis fósseis.
Maior conforto e segurança: os veículos elétricos são mais silenciosos, suaves e ágeis do que os veículos a combustão, proporcionando maior conforto aos passageiros e motoristas. Eles também têm um centro de gravidade mais baixo, o que melhora a estabilidade e reduz o risco de capotamento. Além disso, eles possuem sistemas avançados de segurança e assistência ao motorista.
Desvantagens
Maior preço inicial: os veículos elétricos têm um preço inicial mais alto do que os veículos a combustão, principalmente por causa do custo das baterias. No entanto, esse preço tende a diminuir com o avanço da tecnologia e o aumento da escala de produção.
Menor autonomia: os veículos elétricos têm uma autonomia menor do que os veículos a combustão, ou seja, percorrem uma distância menor com uma carga completa. A autonomia depende do tipo e da capacidade da bateria, do modo de condução, das condições climáticas e do uso dos acessórios. A autonomia média dos veículos elétricos é de cerca de 300 km.
Menor disponibilidade de infraestrutura: os veículos elétricos dependem de uma infraestrutura adequada para recarregar as baterias, como postos de abastecimento ou tomadas domésticas. Essa infraestrutura ainda é escassa em muitos países e regiões, limitando a mobilidade dos usuários.
Maior impacto ambiental na produção e descarte: os veículos elétricos têm um impacto ambiental maior na produção e no descarte das baterias, pois elas requerem materiais escassos e tóxicos, como lítio, cobalto e níquel. Esses materiais podem causar danos à saúde humana e ao meio ambiente se não forem extraídos, transportados, reciclados ou descartados de forma correta.
Diante do exposto fica claro que, cada vez mais, deveremos abandonar a utilização dos combustíveis fósseis, priorizando as demais opções, para preservar a nossa saúde e a do planeta.

Que tal você aprender essa dica e muito mais outras sobre marketing e negócios?

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