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QUAL SERIA A MELHOR OPÇÃO PARA ABASTECER O SEU VEÍCULO OU SUA FROTA NO FUTURO?

Tempo de leitura: 5 minutos

Basicamente há 2 tipos de combustível: os fósseis e os renováveis. Os primeiros são obtidos através de recursos naturais que levam milhões de anos para se formarem na natureza e que, uma vez consumidos, não podem ser repostos, tais como: gasolina, diesel, gás natural veicular, entre outros. Os segundos são fruto de recursos naturais que se regeneram continuamente na natureza e que, portanto, podem ser usados de forma sustentável (etanol, biodiesel, biogás).

A combinação de ambos cria uma nova classe de combustíveis, chamada “híbrido”. Por exemplo, podem ser usados em veículos que possuem dois motores, um elétrico e outro a combustão, que funcionam de forma alternada ou simultânea, dependendo da situação. Aliás, a eletricidade é uma forma de “combustível” classificado como “alternativo”, classe que pode ser obtida através de fontes renováveis ou não, dependendo da sua origem e composição.

Os combustíveis fósseis são derivados de restos orgânicos de animais e plantas que se acumularam no subsolo ao longo de eras geológicas. A sua formação é muito mais lenta do que o seu consumo. Além disso, eles são responsáveis pela maior parte da emissões de gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas. Suas principais fontes são o petróleo, o carvão e o gás natural.

Os combustíveis renováveis são derivados de fontes naturais que se renovam constantemente na natureza, como a luz solar, o vento, a água, a biomassa e o calor da Terra. Eles são fontes de energia renováveis porque a sua disponibilidade é praticamente ilimitada e independente do tempo. Além disso, eles são considerados mais limpos e menos poluentes do que os combustíveis fósseis, pois emitem menos gases de efeito estufa. Os principais exemplos são o etanol, o biodiesel, o biogás).

A tendência de utilização dos combustíveis fósseis e dos combustíveis renováveis nos próximos anos é um tema complexo e incerto, que depende de vários fatores econômicos, políticos, sociais e ambientais.

Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), os combustíveis fósseis ainda são a principal fonte de energia primária no mundo, respondendo por cerca de 80% do total. No entanto, a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética global deve diminuir gradualmente nas próximas décadas, em função do aumento da demanda por energias renováveis e da transição para uma economia de baixo carbono.

De acordo com o relatório World Energy Outlook 2020 da AIE, existem quatro cenários possíveis para o futuro da energia até 2040, considerando diferentes níveis de ambição climática e recuperação econômica após a pandemia de Covid-19.

Cenário de políticas declaradas (STEPS): assume que as políticas energéticas anunciadas pelos governos em meados de 2020 são implementadas. Nesse cenário, a demanda global por energia se recupera até 2023, mas o crescimento é mais lente do que antes da crise. A participação dos combustíveis fósseis na matriz energética cai para 75% em 2030 e 71% em 2040, enquanto a das renováveis aumenta para 21% e 28%, respectivamente. As emissões de CO2 atingem um pico em torno de 2030, mas não caem significativamente depois disso.

Cenário de desenvolvimento sustentável (SDS): assume que as políticas energéticas são alinhadas com os objetivos do Acordo de Paris e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Nesse cenário, a demanda global por energia se recupera até 2023, mas depois cai cerca de 8% até 2040. A participação dos combustíveis fósseis cai para 59% em 2030 e 43% em 2040, enquanto a das renováveis aumenta para 29% e 44% , respectivamente. As emissões globais de CO2 caem cerca de 40% até 2030 e mais de 75% até 2040.

Cenário de recuperação sustentável (SRS): assume que as políticas energéticas são orientadas para estimular a economia e acelerar a transição energética após a pandemia. Nesse cenário, a demanda global por energia se recupera até 2023, mas depois cai cerca de 4% até 2040. A participação dos combustíveis fósseis cai para 66% em 2030 e 58% em 2040, enquanto a das renováveis aumenta para 26% e 36%, respectivamente. As emissões globais de CO2 caem cerca de 25% até 2030 e mais de 50% até 2040.

Cenário de atraso na recuperação (DRS): assume que as políticas energéticas são insuficientes para impulsionar a economia e a transição energética após a pandemia. Nesse cenário, a demanda global por energia se recupera apenas em meados da década de 2020, mas depois cresce mais rapidamente do que nos outros cenários. A participação dos combustíveis fósseis na matriz energética cai para apenas 77% em 2030 e 74% em 2040, enquanto a das renováveis aumenta para apenas 19% e 24%, respectivamente. As emissões globais de CO2 continuam crescendo após um breve declínio.

Esses cenários mostram que o futuro dos combustíveis fósseis e dos combustíveis renováveis depende muito das decisões políticas tomadas pelos governos e pela sociedade. No entanto, é possível afirmar que há uma tendência global de redução do uso dos combustíveis fósseis e aumento do uso dos combustíveis renováveis nos próximos anos, bem como dos combustíveis alternativos, principalmente a eletricidade, ainda que em ritmos diferentes.

Muitos tem pregado que os veículos elétricos serão a “panaceia” do mundo quanto à redução da participação dos combustíveis fósseis na matriz energética e da emissão de poluentes oriundos da frota automotiva global. Vamos analisar algumas tendências, vantagens e desvantagens dos veículos elétricos antes de fazermos a nossa opção em relação ao futuro da frota.

As tendências em relação ao crescimento da frota de veículos elétricos nos próximos anos são bastante otimistas. Segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), o número de veículos elétricos no mundo deve aumentar de 10 milhões em 2020 para 145 milhões em 2030, representando cerca de 7% da frota global. Esse crescimento será impulsionado por fatores como a redução dos custos das baterias, o aumento da oferta de modelos, os incentivos governamentais e a maior conscientização ambiental dos consumidores.

As vantagens e desvantagens dos veículos elétricos dependem do tipo de tecnologia empregada, mas algumas delas podem ser generalizadas.

Vantagens
Menor emissão de poluentes: os veículos elétricos não emitem gases de efeito estufa nem outros poluentes na atmosfera, contribuindo para a redução do aquecimento global e da poluição do ar. A emissão de poluentes depende da fonte de energia utilizada para recarregar as baterias, mas mesmo assim é menor do que a dos veículos a combustão.
Maior eficiência energética: os veículos elétricos aproveitam melhor a energia armazenada nas baterias, convertendo cerca de 80% dela em movimento. Já os veículos a combustão desperdiçam cerca de 70% da energia em forma de calor e ruído.
Menor custo operacional: os veículos elétricos têm um custo operacional menor do que os veículos a combustão, pois consomem menos energia por quilômetro rodado e exigem menos manutenção. O custo da energia elétrica varia conforme o país e a região, mas geralmente é mais barato do que o dos combustíveis fósseis.
Maior conforto e segurança: os veículos elétricos são mais silenciosos, suaves e ágeis do que os veículos a combustão, proporcionando maior conforto aos passageiros e motoristas. Eles também têm um centro de gravidade mais baixo, o que melhora a estabilidade e reduz o risco de capotamento. Além disso, eles possuem sistemas avançados de segurança e assistência ao motorista.
Desvantagens
Maior preço inicial: os veículos elétricos têm um preço inicial mais alto do que os veículos a combustão, principalmente por causa do custo das baterias. No entanto, esse preço tende a diminuir com o avanço da tecnologia e o aumento da escala de produção.
Menor autonomia: os veículos elétricos têm uma autonomia menor do que os veículos a combustão, ou seja, percorrem uma distância menor com uma carga completa. A autonomia depende do tipo e da capacidade da bateria, do modo de condução, das condições climáticas e do uso dos acessórios. A autonomia média dos veículos elétricos é de cerca de 300 km.
Menor disponibilidade de infraestrutura: os veículos elétricos dependem de uma infraestrutura adequada para recarregar as baterias, como postos de abastecimento ou tomadas domésticas. Essa infraestrutura ainda é escassa em muitos países e regiões, limitando a mobilidade dos usuários.
Maior impacto ambiental na produção e descarte: os veículos elétricos têm um impacto ambiental maior na produção e no descarte das baterias, pois elas requerem materiais escassos e tóxicos, como lítio, cobalto e níquel. Esses materiais podem causar danos à saúde humana e ao meio ambiente se não forem extraídos, transportados, reciclados ou descartados de forma correta.
Diante do exposto fica claro que, cada vez mais, deveremos abandonar a utilização dos combustíveis fósseis, priorizando as demais opções, para preservar a nossa saúde e a do planeta.

Que tal você aprender essa dica e muito mais outras sobre marketing e negócios?

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COMO A ECONOMIA CIRCULAR E A SUSTENTABILIDADE PODEM INFLUENCIAR O SEU NEGÓCIO E NA SUA VIDA!

Tempo de leitura: 4 minutos

Economia circular: é um conceito que se refere à capacidade de manter ou conservar um processo ou sistema que atenda às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das gerações futuras. Baseia-se em repensar a forma de criar, produzir e comercializar produtos para garantir o uso e a recuperação inteligente dos recursos naturais. Alia o relacionamento do capital com a natureza, equilibrando os recursos renováveis. É uma forma de reduzir, reutilizar e recuperar as matérias primas que estão presentes no meio ambiente. Exemplos da economia circular podem ser descritos como a eliminação de resíduos na base da produção de uma indústria; a remanufatura e a conservação da matéria prima em seus ciclos de uso sem extingui-los, entre outros.

Sustentabilidade: é um desafio para a humanidade, pois exige uma mudança de hábitos, valores e atitudes em relação ao modo de se relacionar com a natureza e com os outros seres humanos. É também uma oportunidade para criar soluções inovadoras, criativas e colaborativas que possam garantir o bem-estar das pessoas e do planeta. Quando se pensa em sustentabilidade colocamos em pauta atitudes que suprem as necessidades atuais sem prejudicar o meio ambiente, pensando sempre nas gerações futuras. Exemplos de práticas sustentáveis são a coleta seletiva, utilização de transportes não poluentes, o racionamento do uso de energia e água, etc.

Apesar de interligadas, economia circular e sustentabilidade são diferentes em sua essência. Enquanto a primeira se concentra nos ciclos e recursos, a outra está relacionada à sociedade e a ações para o planeta. Contudo, ambas estão intrinsecamente relacionadas, porque não há como pensar em uma sem considerar a outra. As ações de sustentabilidade são parte do ciclo da economia circular. Uma empresa que adota a circularidade em seus processos de produção tende a ser mais sustentável e impacta diretamente o meio ambiente e a sociedade.

Uma indústria que evita descartar resíduos orgânicos em rios ou águas subterrâneas, por exemplo, faz uma ação sustentável ao mesmo tempo em que preserva a sua matéria prima, agindo conforme a perspectiva de economia circular. Porém, há empresas que utilizam o rótulo de sustentáveis sem necessariamente contribuir para uma verdadeira economia circular. Esse fato ocorre quando essas empresas pensam somente em ações pontuais e não repensam a forma básica de produção e sua relação com a matéria prima. Mas não é fácil ter os processos dentro de ciclos da economia circular.

Segundo alguns especialistas em gestão ambiental, os grandes obstáculos de implementar a economia circular no Brasil podem ser resumidos em 3 princípios.
Política e regulamentação: é muito difícil encontrar apoio para aplicar este conceito de forma certa, principalmente nas grandes indústrias. Além disso, apesar dos relatórios e políticas que incentivam o desenvolvimento ecológico nas empresas, as leis de fiscalização e regularização são bem menos rigorosas e superficiais.
Cultura: a sociedade ainda não está totalmente educada do ponto de vista ambiental e ciente do conceito de circularidade. O incentivo exacerbado ao consumo e o constante descarte de produtos obsoletos, impedem que haja uma conscientização para práticas de economia circular e sustentável.
Investimento em tecnologia: se não houver tecnologia propícia para realizar a remanufatura dos produtos e a constante reposição de matéria prima, será difícil a economia circular avançar.

Apesar disso, existem diversos benefícios da economia circular para a sociedade:
– reversão de danos ambientais como aquecimento global e poluição;
– menores taxas de contaminação do meio ambiente e da população;
– otimização da matéria prima;
– menor desperdício por parte da população de modo geral;
– oportunidade de geração de novos negócios;
– crescimento econômico;
– aumento da consciência ambiental.

A economia circular e a sustentabilidade podem influenciar no sucesso do seu negócio de formas diversas. A seguir listamos algumas delas.
– Redução dos custos operacionais ao economizar energia, água e matérias-primas.
– Aumento da eficiência e a produtividade ao otimizar processos e evitar desperdícios.
– Melhoria da imagem e a da reputação da empresa perante os consumidores, fornecedores, investidores e sociedade em geral.
– Atração e fidelização de clientes que valorizam as práticas sustentáveis e responsáveis.
– Diferenciação no mercado ao oferecer produtos e serviços de qualidade e com baixo impacto ambiental.
– Antecipação e adaptação às mudanças regulatórias, legislativas e de mercado, relacionadas à sustentabilidade.

No setor varejista os conceitos de sustentabilidade estão sendo adotados com sucesso e beneficiando toda a cadeia produtiva e a sociedade. Mas além da questão do gosto por marcas e itens sustentáveis, o público também tem investido em outras formas de consumo consciente, como a compra de itens de segunda mão.

De acordo com um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), no Brasil, entre os primeiros semestres de 2020 e 2021, houve um crescimento de 48,5% na abertura de estabelecimentos que comercializam mercadorias já usadas. Apenas nos primeiros seis meses de 2021, foram inauguradas 2104 empresas desse segmento. Já no primeiro semestre de 2022, esse número foi de 6700. Tal estudo diz respeito a produtos usados no geral. Entretanto, no meio dessas vendas de mercadorias de segunda mão, o mundo do vestuário se destaca.

Outra medida da população para seguir um conceito de consumo e vida mais sustentável é o reaproveitamento do próprio vestuário, através da customização. Essa técnica chamada “Upcycling”, existe desde 1994, porém, seu sucesso e repercussão está muito atrelada aos dias atuais.

Para atender a essas novas demandas dos consumidores, as grandes marcas tem investido na redução de recursos naturais, priorizando o uso de materiais e processos que diminuam o impacto ambiental. Muitas delas estão optando por utilizar tecidos de fibras orgânicas, como algodão e bambu.

Essas medidas são extremamente importantes porque a produção de roupas e acessórios vem impactando de forma severa a natureza. De acordo com um ranking da ONU Meio Ambiente (Agência da Organização das Nações Unidas), a indústria têxtil está em segundo lugar como o setor que mais consome água e produz resíduos no mundo. Ainda por meio desse ranking, a Entidade evidencia que 10% do total de emissões de gases-estufa está ligado a confecções de roupas. E para piorar toda a situação, tais peças, que custam tão caro para a natureza, são descartadas de forma errônea em aterros e lixões. O relatório da agência governamental estima que 500 bilhões de dólares são perdidos todos os anos com esses descartes.

Diante de tudo isso achamos que está mais do que na hora de revermos diversos de nossos hábitos, costumes e conceitos de vida…

Que tal você aprender essa dica e muito mais outras sobre marketing e negócios?